A CPI da Pirâmide Financeira, também conhecida como CPI da Criptomoeda, aprovou a quebra de sigilo bancário dos atores Tatá Werneck e Cauã Reymond, além do apresentador Marcelo Tas. A decisão foi tomada em uma sessão desta quarta-feira (23).
Desde o dia 02 de agosto, os congressistas tinham aprovado um requerimento para a convocação dos atores a prestarem esclarecimentos, mas não compareceram após conseguiram um habeas corpus.
Todo esse processo acontece pois, Tatá e Cauã foram contratados entre 2018 e 2019 para publicidades da empresa Atlas Quantum, que é acusada de aplicar golpes de mais de R$7 bilhões, prejudicando aproximadamente 200 mil investidores. Tanto os atores quanto o apresentador são investigados por atuação nessas propagandas.
Vale reforçar que o dono da empresa, Rodrigo Marques dos Santos, também teve a quebra do sigilo bancário.
De acordo com o Splash Uol, diversos vídeos de Tatá e Cauã continuam disponíveis na página Atlas Quantum no Facebook. Nas propagandas, os dois dão seus depoimentos dizendo que acreditam na empresa e nas criptomoedas.
Na época eles se uniram a um time de influenciadores, para o chamado “Desafio Investidores”, um evento que foi transmitido ao vivo nas plataformas digitais, divulgando a própria empresa e seus serviços.
Em nota os advogados de Tatá Werneck, Ricardo Brajterman e Maíra Fernandes, se manifestaram sobre o caso, dizendo que ficaram perplexos com essa decisão, uma vez que a Tatá apenas prestou serviço como garota propaganda da Atlas, há cinco anos, onde na ocasião não haviam evidências de atividade ilegal.
“Ora, se o Banco Central, a CVM, o Ministério Público, a Receita Federal e os demais Órgãos Reguladores permitiam a atividade da Atlas junto ao grande público, como poderia a Tatá, que é somente uma atriz, adivinhar que essa empresa teria alguma atividade ilegal? É óbvio que se Tatá soubesse que a Atlas viria a se envolver em algum escândalo, lesando seus consumidores, ela jamais aceitaria vincular sua imagem àquela empresa, cabendo destacar que Tatá nunca investiu na Atlas; nunca foi sócia da Atlas ou teve qualquer participação nos rendimentos da Atlas. Tata foi somente uma prestadora de serviços sem qualquer envolvimento com as atividades e rotina da Atlas”.
O ator Cauã Reymond foi questionado sobre o ocorrido no Grande Prêmio de Cinema, mas não quis se pronunciar sobre o caso.
O ex-jogador é também acusado de praticar esquema de pirâmide, através da sua empresa 18K, do qual prometiam um rendimento de 2% diário em aplicações de criptomoedas.
No site oficial da empresa, Ronaldinho aparece ao lado dos fundadores da empresa. Segundo informações do Valor Econômico, o ex-jogador alega que sua imagem foi usada de forma indevida.
Fonte: Splash Uol, Veja, CNN Brasil
